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 Guia do Personagem: Religião

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Draken
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MensagemAssunto: Guia do Personagem: Religião   Guia do Personagem: Religião Icon_minitimeTer Ago 13, 2013 8:02 pm

Weisaroph é um mundo tradicionalista e rigoroso, que tem como um de seus grandes pilares a religião, desde os tempos mais antigos. A crença é algo poderoso e que não deve ser brincado, uma vez que cada habitante desta terra possui a sua, e, qualquer desavença ou discrepância pode gerar hostilidade de escala monumental. Sim, guerras por conta de ideologia não é algo raro de se ver. Porém, após certo tempo de existência, uma paz forçada foi atingida, e, com isso, as nações começaram a conviver em "harmonia". A "união" entre elas deu origem a um continente extremamente devoto conhecido como Aurellium. Os seres que o povoam são, em sua maioria, elfos ou humanos. Sua religião tem um caráter filosófico bem descrito, que demonstra a proximidade do povo com seus deuses. A doutrina foi fundada pelos alfs, os elfos antigos que, nos dias de hoje, são considerados praticamente extintos, mas que também têm uma crença mais "pura", mais "perfeita". Segundo seus escritos - que estão escritos em alfian, sua língua-mãe -, eles são filhos do nada, e que o nada foi o berço do tudo.



No começo, tudo era nada. E como deveria ser, no nada, nada havia. Não havia tempo, ou espaço, ou matéria. Mas não é como se não houvesse nada, afinal, havia o nada. Mas o nada deixou de existir quando uma gota resolveu surgir. Era uma gota que trazia esperança no meio de todo aquele nada. O nada não era mais nada, pois agora, havia uma gota junto de si. Aquela gota que derramou, acidentalmente ou não, caiu por aquela imensidão infinita que não tinha percepções de cores ou tamanho, e foi se dividindo gradualmente ao longo dos longos períodos de tempo que não existiam. Mas tudo isso logo mudou. O nada não estava mais "sozinho". Ele havia dado origem ao começo do tudo.

Uma das partes daquele filete embraçou a escuridão que passou a existir a partir daquele momento. As trevas - que eram acolhedoras, graciosas e gentis - tinham a forma do ser que passou a ser conhecido como Goethe. Ao abraçar essa parte do nada, ele deu origem ao seu amado irmão. Goethe deu origem aos sentimentos. Goethe amou seu irmão. Amou ele mais que o seu tudo, e o fez de uma forma pura e esplêndida. Seu irmão brilhava. E parecia brilhar mais a cada dia. E parecia se fortalecer mais assim como o amor de Goethe parecia se elevar. Era uma ótima "sensação", a que ele sentia. E esperava que pudesse durar para sempre. Amava seu irmão, e não precisava de mais nada.

Neeman era a luz. Ostentava o brilho que deu origem à penumbra. Amava o seu irmão assim como ele o amava. Porém, algo no amor de Goethe não lhe parecia certo. E quanto mais ele pensava nisso, mais se sentia sozinho. Era como se seu irmão não estivesse ali para ele. Era como se ele não visse "Neeman" como ser, mas sim como "Neeman", seu objeto de amor. A luz abraçava a escuridão de uma forma majestosa, e não se sabia dizer o que era o quê no meio de todo aquele nada. Aquele nada que era o tudo de Goethe, mas que dava à Neeman uma sensação de vazio. Aquilo não era o bastante pra ele. A beleza do nada não lhe atraía mais. Queria algo novo, que pudesse amar com todo o seu ser. E, assim, surgiu o tudo.

Criou o Sol. "Você deve levar o calor em seu âmbito e semear a vida por onde visar." Com ele, criou sua irmã, a Lua. "Abrace à todos com a calma e pacificidade necessárias." E criou a terceira da sucessão, que ficou conhecida como As Estrelas. "Traga luz à escuridão, resplandeça." Acatando os pedidos de seu criador, Heleno, Selena e Godiva começaram a trabalhar em suas tarefas com orgulho e destreza.

Seguindo sua jornada, criou a mãe terra. O organismo que era a vida em si. E nela, colocou suas primeiras invenções, que vieram a ser conhecidas como "Os Primitivos". O amor que essas criaturas recebiam era incondicional. O amor que os astrais recebiam era incondicional. O amor que a mãe terra recebia era incondicional. O amor que Goethe recebia era incondicional. E, quanto mais "coisas" Neeman amava, mais forte era seu poder. Essa virtude lhe era tão marcante, que ele precisava proteger aqueles pequenos mortais que havia criado. Coitados, tão frágeis, quebradiços e imperfeitos! Mas ainda assim, ele os amava. A todos eles. Sem distinção. E, para e por eles, deu origem aos seus quatro filhos, que levaram ao povo da mãe terra tudo o que a Luz idealizou: Ensinamentos, virtudes e conhecimento. Eles seriam responsáveis por proteger a criação de seu pai, seus pequenos e fracos "irmãozinhos". Sentado ao lado de seus quatro descendentes, Neeman se sentia orgulhoso. Abel, Camila, Otávio e Melquisedeque eram seus preciosos filhos, e, junto dos astrais, estavam cumprindo bem seu papel de protegerem os imperfeitos. Mas o Criador sentia que algo ainda faltava.

Não queria apenas admirar suas criações.

Queria fazer parte delas.

E, por amor, Neeman fundiu-se com as águas, com as partículas do ar, com os raios de sol e de lua, com as criaturas daquele planeta, com o vasto céu... Uniu-se com o tudo que havia criado. E, finalmente, passou a amar com todo o seu ser. Agora, ele se sentia completo. Ele tornou-se o mundo, e o mundo tornou-se ele. Havia atingido seu estado pleno, e estava satisfeito com isso.

Goethe, entretanto, não pensava assim. Porque seu irmão não permaneceu junto de si? Porque ele tinha de se juntar com aqueles imperfeitos? Aqueles impuros, imundos não mereciam o amor de seu irmão. O desespero atingiu-o de uma forma avassaladora, e, um sentimento tão similar, porém tão distante do amor, nasceu. Goethe odiou. Odiou Os Primitivos. Odiou o Sol, a Lua, e as Estrelas. Odiou os próprios sobrinhos. Odiou o mundo. Odiou o tudo. Odiou o nada. Odiou o ódio. E, por fim, odiou o seu irmão. Seu ódio deu origem à diversos outros sentimentos que vieram a ser conhecidos como "negativos". E toda essa mistura fez com que ele finalmente tomasse sua primeira ação, e que sua causa rebelde tomasse início. Tudo isso porque ele amou demais.

"A partir de hoje, as trevas rejeitarão a luz."

E assim foi feito. Onde os raios de sol tocavam, a penumbra não alcançava. Onde a lua iluminava, o obscuro não se aproximava. Mas, onde as trevas reinavam, a luz não conseguia se fazer presente. A escuridão tornou-se gélida, horrenda e maldosa, transparecendo medo e terror para quem fosse alvo de seu abraço impiedoso e cruel. E, assim como seu irmão, o poder de Goethe crescia de forma proporcional ao seu ódio. Porém, seu corpo não conseguia comportar tamanho poder, e então ele começou a personificar seus sentimentos. Sua ira deu origem à Nimese. Sua gula, à Nimrod. Sua luxúria criou Anira, enquanto que, da sua ganância, nasceu Escio. A preguiça tornou-se mãe de Sicano, e Sakah foi resultado de sua inveja. Os daimons combateram os titãs e os astrais junto de Goethe, e isso causou uma influência desnecessária sobre Os Primitivos. Vendo como isso não poderia prosseguir, os grandes se reuniram e selaram o orgulhoso deus das trevas em uma gaiola previamente preparada e construída, onde ele deveria permanecer pela eternidade.

Desde então, titãs, astrais e daimons não mais se envolveram com as criaturas de Neeman. Absorvendo tudo o que havia acontecido até então, Os Primitivos foram mudando e se adaptando, dando origem a várias das raças que conhecemos hoje, entre elas, os elfos e os humanos. E, alguns deles, os que têm conhecimento da verdadeira história, temem pelo dia em que o rebelde se levantará mais uma vez e trará destruição ao mundo que conhecemos.
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